sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Olhadela para o outro lado do mundo

"Zhou Lianchun queria se tornar um intelectual, mas problemas políticos e um casamento desastroso o empurraram para o mundo empresarial, onde ele se tornou razoalvemente bem-sucedido com uma fábrica de processamento de urina para retirada de enzimas (!). Guan Yongxing abandonou a perspectiva de uma boa carreira em Pequim para dedicar-se a um marido muito amado e também ascendeu socialmente. Wu Xiaoqing virou um respeitado professor na mesma universidade em que seus pais lecionaram, e onde foram assassinados na Revolução Cultural, desenvolvendo uma estranha e por vezes deprimente relação com o Partido Comunista. Song Liming envolveu-se com o movimento pela democracia e se exilou na Itália, onde se destacou como jornalista especializado numa das novas paixões chinesas – futebol. Ye Hao seguiu carreira no Partido, destacando-se como líder regional, reformador econômico e político corrupto."

Esse é o Maurício Santoro, umd e meus resenhistas favoritos, contando do livro do jornalista John Pomfret sobre a China, a partir de estudantes sobreviventes da Revolução Cultural, com quem freqüentou aulas no país, e que subiram à elite chinesa. Pela descrição do Santoro, o livro entra na minha lista de livros necessários. Mais detalhes AQUI.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

As armas de Chávez


Boa a reportagem de Veja, nesta semana, sobre o que querem os militares brasileiros. e um excelente repórter, o André Petry. Gosto da boa reportagem porque nos permite ver a raelidade para além das opiniões dos editores. Lendo os dados bem apurados do Petry, por exemplo, saí com forte impressão de que todo o discurso dos milicos sobre uma suposta corrida armamentista na Venezuela são lobby para comprar mais armas no Brasil.

Já ouvi, de general de quatro estrelas, que há um detalhe logístico importante e tranquilizador em relação a Chávez e à imaginada ameaça dele contra o Brasil. Em uma hora, um avião-caça na fronteira com o Brasil alcança Caracas, e pode fazer um bom estrago na capital venezuelana antes de ser intrerceptado. Em uma hora, um avião venezuelano que invada o Brasil chjega, no máximo, a Manaus. Onde está o aprque industrial da Zona Franca que, hoje, é um dos principais fornecediores de celulares e equipamentos domésticos à Venezuela.

Mas a matéria da Veja tem coisa bem mais interessante. Dois quadrinhos, feitos para dizer que o Brasil está ficando para trás em matéria de Forças Armadas, poderiam ilustrar de maneira subversiva o material da própria Veja sobre a Venezuela.

Eles mostram que em percentual do PIB gasto em despesas militares, a Venezuela está abaixo até dos brasileiros (que tem PIB muito maior), só acima da Argentina, numa lista de sete países sul-americanos. Derramam uma parcela maior de seu PIB em despesas militares o Equador (3,9%), o Chile (3,5%), a Colômbia (3,3%), a Bolívia (! 2,2%). O Brasil gasta 1,8% e a perigosa Venezuela, 1,7%.

O detalhe é que o PIB da Colômbia é quase o dobro da Venezuela, e os dois nunca se deram muito bem. Mas ninguém fala da corrida armamentista do Uribe, que, é bem verdade, é obrigado a gastar uma fortuna para combater grupos armados ligados ao nrcotráfico. O Chile também tem um PIB maior que o da Venezuela. Ou seja, se alguém está puxando para cima os gastos com armas no continente, esse alguém não é o Chávez, segundo informa a Veja (que, apesar disso, escreve um box alarmado com a corrida armamentista "provocada" pelo venezuelano).

Há outro quadrinho interessante, que classifica os países de acordo com a quantidade e qualidade dos equipamentos militares e o tamanho do contingente militar. Nesse ranking, a Venezuela vem em quarto lugar, um pouco acima da Colômbia e abaixo, bem abaixo, do Brasil, do Peru (!), do Chile e da Argentina. Chile e Peru, segundo o gráfico da Veja, vêm ganhando pontos, aumentando sua clasificação no ranking, enquanto o Brasil perde.

O efetivo militar de que dispõe Chávez é de menos da metade do disponível no Chile, e bem menor que o da Colômbia.

Interessante apuração, a da revista. Aguardo com ansiedade a reportagem de Veja sobre a absurda corrida armamentista provocada no continente pela chilena Michelle Bachelet.

Abrindo a boca contra o Evo


Para quem não entende a radicalidade do presidente da Bolívia, Evo Morales, recomendo conhecer o debate político boliviano. Hoje, um dos mairoes críticos de Morales é seu ex-ministro de Hidrocarbonetos, Andrès Soliz Rada, para quem o presidente boliviano é um frouxo com a Petrobras. Mas deixemos o Soliz falar, em espanhol mesmo, como escreve ele nos e-mails que me manda regularmente:


¿Hubo apoyo de Lula, Kirchner, Chávez y Castro a Alvaro García Linera y Evo Morales para llegar al gobierno, como afirma la Revista “Datos”, de La Paz, de agosto de 2007, según declaración atribuida al Vicepresidente de la República? ¿En qué consistió ese apoyo? El tema coincide con el inminente arribo a La Paz del Presidente brasileño, quien anunciará la reanudación de inversiones en Bolivia, a fin de atender las necesidades de gas de su país, de Argentina y del mercado boliviano. La visita servirá para que Petrobrás exija modificar la Ley 3058, de 17-05-05 (anterior al abrogado decreto de nacionalización del 1-05-06), de acuerdo a lo afirmado por su presidente Sergio Gabrieli, lo que haría que se retorne a las reglas petroleras de Gonzalo Sánchez de Lozada (GSL).

De modo simultáneo, Petrobrás (con 65 % de acciones en manos privadas) comunicó el descubrimiento de Campo Tupí, un yacimiento submarino frente a las costas de San Pablo, compartido en un 10 % con la portuguesa Galp Energía, y en un 25 % con la británica BG, con lo que sus reservas se ubicarán entre las primeras del mundo. Ahora me llaman “magnate del petróleo”, dijo Lula, para luego recordar que ya era conocido como el “rey del etanol”. Al mismo tiempo, Brasilia realizará ejercicios militares en su frontera con Bolivia, logrará el retorno de la constructora Queiroz Galvao, expulsada por estafa, en tanto Eike Batista, de la EBX, aseguró que en seis meses inaugurará su siderúrgica de Puerto Quijarro, pese a que fue expulsada por carecer de licencias ambientales.

Gabrieli reveló que reconocerá la participación adicional del 32 % que impuso la nacionalización sólo hasta octubre de 2006. Desde ese momento exigirá la devolución pertinente. Añadió que planteará la reanudación del envío de gas a Cuiabá, donde una enorme termoeléctrica brasileña está paralizada. Las auditorias que dispuso el decreto de nacionalización, que demostraron las estafas, evasiones impositivas y contrabando de Petrobrás, ya fueron archivadas, junto a la mencionada disposición legal.

En tanto Lula llega con todo su poderío, Bolivia está casi aniquilada. En momentos en que sólo una sólida cohesión interna podría contener la prepotencia de Brasil, que logró que Paraguay le deba 19.000 millones de dólares, después de recibir hidroelectricidad durante 30 años desde Itaipú, Evo y Alvaro imponen su visión de Bolivia país multinacional, por la que 36 “naciones” tendrán derecho a soberanía, territorio, autodeterminación y gobierno propio. A su vez, la oposición de derecha defiende las autonomías departamentales a ultranza, al extremo de exigir que cada departamento designe a su propio Canciller, según Alberto Goitia, de Poder Democrático y Social (PODEMOS), del ex Presidente Jorge Quiroga (2001-2002), además, claro está, del manejo autónomo de los recursos naturales.

Bolivia está atomizada por “ayudas” foráneas que su débil estructura no pudo asimilar. El desastre podría comenzar a detenerse si se supiera cuánto dinero de ONG provino del exterior. El MAS, de Evo Morales, podría informar si recibió donativos de Human Right Watch, de la Fundación Samuel Rubin y de Transnacional Institute de Holanda, así como de la vinculación que tuvo George Soros (socio de Apex Silver, en la descomunal explotación de plomo plata en “San Cristóbal”) con el Ministro de la Presidencia Juan Ramón Quintana, y del papel que cumplió su Ministro de Defensa, Walker San Miguel, como representante de Petrobrás.

El jesuita catalán, Xavier Albó, condecorado por acuerdo de PODEMOS y senadores del MAS, ligados a ONG, ha martillado por décadas sobre el tema de las “naciones” indígenas. Su ONG, CIPCA, tiene el respaldo del Vaticano. Otras operan con recursos de USAID, Bélgica, Inglaterra, Francia, España, el Banco Mundial, el BID y la CAF. La Corte Nacional Electoral exigió al MAS devolver financiamientos recibidos del Instituto Neerlandés para la Democracia Multipartidaria (Cartas del 9 y del 19–O8–02). Urge saber el detalle de lo distribuido en el país y el origen precisos de esos los recursos.

Por otra parte, los cheques venezolanos, destinados a alcaldías y militares, tampoco ayudan a fortalecer la autoestima de los bolivianos. En el otro bando, simpatizantes del “separatismo” han formado la Federación de Autonomistas de Sudamérica, fomentada por las petroleras. El Presidente Morales ha denunciado que Transredes (Enron-Shell) conspira contra su gobierno. Curiosamente, Transredes sigue trabajando en el país, tan tranquila como siempre. Advirtió, asimismo, que la ayuda de USAID sólo será bienvenida si es transparentada. ¿Por qué no cumplir esta exigencia con toda la “cooperación” internacional, incluida la de Holanda, sede de la Shell?

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

A ameaça que vem do Norte



Multinacionais do grande país do Norte, beneficiadas pelo seu enorme mercado e sua competitividade ameaçam impor preços de bens de primeira necessidade... no Uruguai. O grande país do Norte é, claro, o Brasil, e as multinacionais, no caso, são os frigoríficos brasileiros, que andam conquistando o mundo com a voracidade de gaúcho barrado em churrasco. Quem fala do caso, hoje é o jornal uruguaio El Observador, AQUI.

Essa história toca em uma as fragilidades (outra) do mercosul, a falta de um acordo decente de proteção contra concorrência desleal, regras para um CADE regional. Seria o substituto necessário aos mecanismos de defesa comercial (anti-dumping, salvaguardas) dentro do bloco.
Mas quem quer discutir isso? Melhor esperar que as empresas multinacionais dos países do bloco (brasileiras, na maioria), comecem a sofrer sanções dos governos locais, para podermos todos reagir com os brados nacionalistas de enorme utilidade nas campanhas eleitorais no continente.

E, de brejo em brejo, o Mercosul vai virando vaca.

Já, na Argentina, a imprensa local mostra a inveja do desenvolvimento brasileiro, assunto que deu o que escrever na blogosfera, como bem comenta o Maurício Santoro, no imperdível Todos os Fogos, AQUI.
Uma amostra do que diz o Santoro, sempre excelente:
"No fim dos anos 1950 o PIB do Brasil era apenas levemente superior ao da Argentina. Hoje, é cerca de quatro vezes maior. O crescimento da economia brasileira foi acelerado e constante, enquanto a Argentina seguiu um ciclo instável de stop-and-go, muito motivado por suas repetidas crises políticas. Afinal, foram 6 golpes militares entre 1930 e 1976, fora diversas insurreições mal-sucedidadas, guerrilhas, a guerra das Malvinas e a quase-guerra com o Chile. Não há prosperidade que resista. Alguns falam do "milagre do sudesenvolvimento argentino" e a maioria trata com nostalgia da era de ouro do início do século XX, quando a renda per capita do país era mais alta do que a da Espanha ou a da Itália. O célebre economista sueco Gunnar Myrdal chegou a dizer que só existiam quatro tipos de países: desenvolvidos, em desenvolvimento, Japão e Argentina."

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

O vai e vem de Evo


Esse blogue está muito andino, mas, como dizia um famoso filósofo e utopista fracassado, que fazer? O Orelana, velho companheiro de viagem e também filósofo, me manda um comentário por e-mail, que nos lembra da importância de outro polêmico mandatário andino, o Evo Morales, grande amigo da onça, digo, do Lula, que resolveu tirar a cana do brasileiro, de qualquer jeito:




Apóio. Desde que tb haja uma moratória na produção de coca. Afinal, tb concorre com a produção de alimentos. E ainda alimenta a produção da Coca Cola, símbolo do imperialismo, e o crime organizado em todo mundo."


Já eu sugiro que o Lula mande à ONU o Samuel Pinheiro Guimarães, para sugerir ao boliviano, quando ele começar a falar contra o etanol: "ora, Evo, por que no te callas?". É o que chamo de real politik.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Ainda Chávez, o futuro invasor da Guiana


Há um problema com a tese de que Chávez provoca uma corrida armamentista no continente. Aliás, dois problemas. O Brasil começou muito antes a armar-se, e tem Forças Armadas com melhor equipamento que os do venezuelano. E Chile, com o Brasil, superam a Venezuela em gastos militares.

Aos poucos, a inconsistência dessa acusação vai enfraquecendo o alarma da corrida armamentista, alimentado por militares brasileiros em lobby por mais verbas. E aí, inventaram a mais recente preocupação: uma possível invasão de Chávez na Guiana, país com o qual a Venezuela têm conflitos de terra. Se a Bolívia tivesse Exército dignio do nome, provavelmente estariam falando em uma iminente invasão boliviana no Chile, para recuperar o litoral perdido aos chilenos.

O Estadão, há alguns dias, mandou até correspondente _ o excelente Lourival Santanna, por sinal _ para cobrir uma escandalosa invasão de tropas venezuelanas na fronteira com a Guiana. O tema é quente na imprensa guianense, e, se não fosse por Chávez, ficaria restrita àquele país. Não consigo imaginar o estadão mandando correspondente para cobrir o conflito de fronteira entre Peru e Equador, resolvido anos atrás com a mediação do Brasil.

A tal invasão é um incidente típtico de fronteira, e da crônica policial: militares venezuelanos, ao se depararem com garimpeiros clandestinos, explodiram as balsas dos bandidos.
Na região amazônica, é difícil dizer em que lado da fronteira estavam uns e outros, mas não é improvável que os milicos de Chávez tenham mandado às favas a ,llinha de fronteira e perseguido os garimpeiros até onde puderam. Comparar isso a uma ameaça de Chávez à integridade territorial da Guiana pode ser até realismo fantástico, coisa a que a América Latina está acosumada. Mas não é jornalismo; confio no Lourival para esvaziar esse factóide.

O noticiário ( e o mundo político) anêmico de demonstrações bélicas realmente sérias de Chávez, agora se aferra à tese de que ele pode invadir a Guiana para tomar o território reclamado pela Venezuela, e, nesse caso, o Brasil seria desmoralizado, porque teria de tomar uma atitude. O curioso dessa tese é que ela é defendida pelos mesmos que criticam o ativismo regional do Itamaraty e defendem que o Brasil deveria se concentrar nos assuntos internos, priorizar relações com os países desenvolvidos, e esquecer para lá o terceiro mundo _ do qual a Guiana é membro nato.

Ora, e se Chávez invadir a Guiana?

Isso foi apontado hoje até como motivo para recusar o ingresso da Venezuela no Mercosul. Como membro do Mercosul, a Venezuela teria um compromisso internacional a mais para abster-se de incursões bélicas no continente (aliás, como signatário do acordo de Ushuaya no Mercosul, a Venezuela estaria obrigada a manter a democracia e seria excluída automáticamente se tentasse o contrário _ um golpe militar no paraguai já foi abortado graças a esse acordo).

Mas o que o Brasil fará se Chávez invade a Guiana? Ora, condenará veementemente a ação. Creio que nem o Samuel Pinheiro Guimarães ou o Marco Aurélio Garcia cogitariam coisa diferente. E, se a Venezuela pertencer ao Mercosul, terá ainda maior legitimidade e instãncias para pressionar Chávez a um recuo. Quem tem medo dessa improvavel hipótese deveria defender a entrada da Venezuela no bloco, não o contrário.

Não se apontam essas inconsistências, no noticiário sobre a Venezuela e a tal corrida armamentista. Uma pena. E não entendo como, se estão tão preocupados com os imensos recursos minerais do território guianense cobiçado por Chávez, certos jornalistas e políticos não se perguntam o que está fazendo a Petrobras que não procura a Guiana para explorar esse tesouro.

Morte na Bolívia

O Renato mantém um imperdível blogue, lá do Peru onde está assentado, que merece visita. É o Tordesilhas, que, por estes dias, fala das tradições do Dia dos Mortos, lá na Bolívia. AQUI.

Sempre que viajo, fico impressionado, como o renato, com as particulridades das culturas locais, desconhecidas por aqui, e com algumas matérias excelentes no noticário dos países que visito.

Sempre penso em reproduzir algo no blogue e sempre as complicações da volta atrapalham esses planos. Decidi, assim, proxenetar os blogues dos amigos, que fazem isso com mais competência. Em breve trarei links aqui para outros craques da blogosfera, como o capitão do Tordesilhas.

Chavez, o vilão da vez

Leio no Globo _ matéria reproduzida em outros jornais por aí _ que a Comissão Eleitoral da Venezuela proibiu debates entre partidários do sim e do não no plebiscito sobre a reforma constitucional da Venezuela .E que isso acontece exatamente quando a oposição (o não à reforma de Chávez) vinha conquistando apoio graças ao ótimo desempenho de seus partidários nos debates. Diz o jornal:

A presidente do CNE, Tibisay Lucena, disse que a campanha institucional feita pelo conselho para informar o eleitor sobre o referendo torna os debates “irrelevantes e superados.” “As campanhas que realizamos são suficientes”, insistiu. A decisão foi comemorada por governistas e deixou enfurecidos representantes do “não”, que vinham tendo um bom desempenho nos programas.

Notícia interessante, segundo me conta o correspondente deste blogue em Caracas. Interesante porque não houve proibição, mas inviabilidade dos debates, porque os defensores do sim se recusaram a participar (pode-se discutir a decisão do Conselho de impedir que as tvs promovessem programas com uma cadeira vazia, como se fez em alguns programas eleitorais no Brasil, mas isso é coisa diferente).

Mais interessante ainda, porém, é o jornal não explicar como a oposição vinha ganhando os debates, se, até agora, não aconteceu debate nenhum.

Chávez é autoritário, centralizador e intervencionista; não precisa que distorçam o noticiário para dar conta do papel que vem exercendo no continente _ e que, apesar da histeria reinante, até agora se limita a seu quintal venezuelano. Mas tem gente no Brasil que não se convenceu disso.

A campanha anti-Chávez não tem similar contra atos autoritários de outros governantes latino-americanos, nem comparação com a maneira como tratam ditadores de fato de outras regiões do globo (ou do estado, para ficar not rocadilho). O tales faria defende a tese de que a razão é a tentativa de fazer campanha subliminar contra o amigo brasileiro do mandatário de Caracas, ele, Luiz Inácio Lula da Silva. Já que não podem acusá-lo dos pecados de Chávez, reverberam cada movimento do venezuelano, para, implícitamente, acusar Lula de querer imitá-lo.

Com a precária autoridade de que já escreveu poucas e boas contra ações do Chávez, eu, às vezes tendo a achar que o Tales tem razão.