quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Leitura de fim de ano

Os leitores que aqui caem certamente já conhecem o sítio, mas não custa ajudar a divulgar, principalmente n esse período de fim de ano em que o responsável por este blogue aqui está atolado na busca de notícias para o jornal. A quem não conhece sugiro passear pelo Mundorama, mantido pela Universidade de Brasília.

E, no mesmo sítio, agora é possível ver, em PDF, os artigos da Revista Brasileira de Política Internacional. AQUI.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Rápidos apontamentos sobre a Cúpula do Mercosul

O Mercosul assina, finalmente, o primeiro acordo de livre comércio com país de for ado bloco, Israel. É uma medida importante, porque mostrou que é possível acomodar as demandas dos sócios menores por tratamento diferenciado, e acertar uma lista comum de ofertas e pedidos. O impacto econômico é e será muito epqueno, segundo acreditam os industriais brasileiros, que, porém, fizeram pressão pelo acordo devido à influente comunidademepresarial de origem judaica. Não há chances de realizar um acordo com os países árabes, que deveria acompanhar este com Israel. A indústria petroquímcia brasileira resiste violentamente, por temor dos planos dos países do Golfo no setor. O próximo é o acordo com a UE, que é unma incógnita.

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Chávez, à parte as diatribes de sempre contra os EUA, mostrou-se manso, manso. Evitou até dar suas tradicionais entrevistas de porta de prédio entre cotoveladas da imprensa. E nem mencionou os ultimatos que havia ado para a aprovação de sua adesão ao bloco, pelo contrário: fez loas ao Mercosul. O fato, que traduz também o humor do venezuelano depois da derrota de referendo à reforma constitucional e do escândalo da valise de dinheiro para a campanha de Cristina Kirchner, não teve o destaque na imprensa que costmam ter as atitudes de Chávez. Por que, hein?

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A denúncia do departamento de Justiça dos EUA, de que a mala levada por um empresário venezuelano a Buenos Aires era dinheiro de campanha para cristina Kirchner foi a pior notícia possível para os planos do Brasil no Mercosul. Põs Cristina, que planejava iniciar uma arremetida internacional, na defensiva, e, pior, amarrou-a a Chávez, contra um inimigo comum. Cristina, que estava se afastando do venezuelano, agora precisa andar muito perto dele, para encontrar uma saída do escãndalo que ameaça, no limite, até o próprio mandato.

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Continua o impasse do Mercosul em matéria de avanço na integração. Jogaram para o segundo semestre de 2008 a decisão mais importante em discussão no plano técnico, que é o fim da dupla cobrança da tarifa externa comum. No caminho contrário, prorrogaram-se até 2015 exceções no Paraguai para a tarifa externa comum, preservando distorções nõ que deveria ser uma política tarifária única. A imprensa noticiou mal a história, vamos ver o que houve.

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Lula fez mais um de seus discursos pouco ortodoxos em matéria de política externa. Dizer que as questões políticas devem sobrepôr-se à racionalidade emrpresarial, e que a Petrobras só fez acordo com a PDVSA e com a Bolívia porque ele mandou não é algo que vá fazer muito bem á imagem da emrpesa, com ações listadas em bolsas internacionais. Essas declarações ainda vão ser cobradas do governo. O Correio Braziiense de hoje fala em "voluntarismo", e a palavra foi dita por um acadêmico simpático à política externa e ao PT, Amado cervo, da UnB. O Estadão ainda não conmentou em editorial, mas duvido que perca a chance.

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Os países do Mercosul manifestaram apoio a Evo Morales, o que dá cacife aos governos para cobrar moderação do boliviano, na grave crise política do país. Mas, na Bolívia, nada é previsível, nem a imprevisibilidade. Isso fica para uma próxima postagem.

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O Uruguai deu pouca força ao próprio factóide, o tal desejo de acordo de livre comércio com os EUA. Troço cada vez mais ridículo, principalmente depois que umadas principais forças de apoio ao governo condenou veementemente, em Congresso, a idéia.

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A presidente da Argentina mostrou jogo de cintura, ao tratar muito bem o presidente do uruguai, aliás um gentleman que soube reagir com fleugma britânica ao discurso malcriado com que ela o saudou durante a posse. O Mercosul parece ter dois chefes de Estado capazes de tentar uma saída da crise em que se meteram.

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Notas rápidas, com pedido de desculpas aos leitores. Em breve, dou links para os temas tratados, e desenvolvo alguns. Fim de ano é fogo.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

O que andam bebendo os uruguaios?

O que você diria se fosse uma moça casada e seu marido reivindicasse uma alteração no contrato de casamento para pedir em namoro a Juliana Knust? É mais ou menos a sensação que os diplomatas brasileiros devem ter ao ouvir o Uruguai, pela tricentésima vez, pedindo mudança no Mercosul para poder firmar acordo de livre comércio com os Estados Unidos. A Juliana dificilmente olharia para seu marido, não é mesmo? Muito menos os americanos estão muito interessados em baixar as tarifas de importação para a carne, os vinhos e os tecidos urugaios.

Estivesse eu no vetusto Itamaraty, perguntaria aos uruguaios: que Estados Unidos, compañero? Aquele país que, no ano que vem, será governado por um presidente fraco em fim de mandato, que não consegue sequer aprovar no Congresso o acordo já firmado com seu aliado de fé na região, a Colômbia? Os Estados Unidos que têm forte chance de ter como presidente um democrata, partido com dois candidatos, Hillary Clinton e Barak Obama, contrários ao acordo com os colombianos?

O que o Uruguai faz é chantagem, e está lá no seu direito, quando a alfândega brasileira inventa moda para barrar água mineral uruguaia e a Argentina bloqueia pontes porque não quer investimentos em fárbicas de celulose no vizinho. Seria uma grande desmoralização para os atuais governos brasileiro e argentino, que tanto anunciam a integração sul-americana, assistir à saída do Uruguai do Mercosul. Seria também uma tarefa bem complicada ao uruguai convencer algum futuro parceiro num acordo comercial a fazer concessões importantes para ganhar acesso ao espetacular mercado consumidor uruguaio.

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A propósito da Hillary, que não apenas se opõe, ela bloqueia mesmo o acordo no Congresso, o Robert Haussman, ex-Banco Mundial, escreve coisas interessantes no blogue do Dani Rodrik, economista imperdível para quem acompanha comércio internacional. Para que lê em inglês, AQUI.

(É divertidíssimo acompanhar esse debate nos EUA: os democratas alegam que o bloqueio ao acordo com a Colômbia se deve apenas ao desrespeito aos direitos humanos no país. Há quem acredite. Mas nunca vi uma campanha dos democratas pelo respeito aos direitos humanos na Arábia Saudita, uma conhecida ditadura familiar.)

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Mercosul, só com encrencas

Escrevi há duas semanas na coluna do Valor um artigo que poderia republicar hoje, no primeiro dia da cúpula do Mercosul:


Liderança, protagonismo e relevância são coisas distintas. Isso vale para o movimentado continente sul-americano, onde o protagonismo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez captura as atenções e as palavras golpe e constituinte fazem uma bizarra parceria nas análises públicas sobre os acontecimentos nos países andinos. À América do Sul não faltam protagonistas e países de relevância, inclusive mundial. A grande questão é se há espaço para uma liderança continental. E para quê.


O comando da política externa brasileira mostrou relevância com o convite ao Brasil à conferência de Annapolis, tentativa histórica do já enfraquecido governo dos EUA de arrancar um acordo de paz entre palestinos e israelenses. Só a incompreensão sobre o jogo político internacional ou espírito de deboche oposicionista pode levar, como levou, alguns comentaristas brasileiros a ironizar essa participação, com o argumento de que o Brasil não consegue a paz nem entre os vizinhos e vai se meter numa encrenca milenar.

O convite a Annapolis mostra que o Brasil, com seu atual governo, é visto como interlocutor confiável, racional, capaz de contribuições úteis para as questões mundiais - algo que traz conseqüências positivas, para empresas e cidadãos brasileiros no exterior. Mas não é pura implicância a piada sobre a ação brasileira na bagunça sul-americana e o prestígio conferido pelos EUA.

Elogiado na imprensa internacional, o Brasil parece um espectador atarantado e reativo das complicações à volta, resultantes da grande contradição entre fatores nacionais, de política interna, e a tendência à integração crescente das sociedades, economias e cultura da região. Os negócios descobriram as vantagens de atravessar as fronteiras sul-americanas, e a imigração move milhares de pessoas atrás de oportunidades. Ao mesmo tempo, contingentes excluídos historicamente apóiam governos que prometem eliminar em poucos anos desigualdades de séculos.

Em poucos dias haverá, em Montevidéu, a reunião de cúpula do Mercosul, e a indigência da pauta para os presidentes contrasta com o volume de problemas no processo de integração do bloco. Não havia, até a semana passada, nenhuma decisão marcante a ser tomada.


O resto, AQUI.

E um complemento, AQUI.

Existe o risco de que a única notícia boa para o Mercosul seja a decisão de fazer um acordo de livre comércio com Israel, como se previa. Mas não é o que pensam as ONGs, que estão em campanha acirrada contra o acordo. O manifesto das ONGs está AQUI.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

O Paraguai no Piauí


É uma pena, mas o sítio da revista Piauí (que nesta semana tem um imperdível ensaio fotográfico com máscaras do Saul Steinberg, também sem link na revista, mas fartas referências no tio Google) não tem chamada para a matéria muito bem realizada da Consuelo Diegues, contando o porquê e o como do favoritismo de Lino Oviedo para as eleições no paraguai, neste ano. É um alívio para o governo rbasileiro, que a essa altura deve preferir um autocrata amigo a um esquerdista encrenqueiro como prometia ser o bispo Fernando Lugo, que fez campanha defendendo a revisão do contrato de Itaipu e outras espetadas no Brasil.

A Consuelo, uma das melhores repórteres do país, faz um perfil do Oviedo, e conta como o estilo personalista e messiânico dele faz sucesso até hoje entre a massa paraguaia, que deve levá-lo de novo ao palácio do governo.

Ainda não será desta vez que o Paraguai caminhará para melhorar um pouco suas instituições, uma das causas principais do tristre atraso do país. Comprem a Piauí.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Por que caiu? Caiu por que?

O Maringoni, chavista e rompido com o comandante, dá boas explicações sobre o porquê da rejeição, na Venezuela, das reformas constitucionais que permitiriam ao Chávez perpetuar-se no poder. Para mim, Chávez cometeu um erro primário em política, o de querer mexer com muita coisa ao mesmo tenmpo, e atacar interessas de toda ordem, que se uniram e o derrotaram. A começar pelos espectadores de telenovelas, que perderam a diversão com a retirada da concessão da RCTV, e ganharam, em troca, uma tv oficial das piores do gênero.
Fala-se pouco no Brasil das mudanças quwe Chávez queria fazer no sistema sindical, acabando com o poder de sindicalistas em favor das assembléias populares. Claro que sua reforma foi bombardeada pelos líderes sindicais. Entre outros, Chávez não faria melhor, se quisesse convocar uma rede de pessoas para meter o pau nas reformas, em milhares de reuniões pelo país. O caso que criou com a Igreja Católica é um exemplo disso. Mas deixa o Maringoni falar:

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As brigas que Chávez comprou, algumas delas bem difíceis, também contribuíram. Criticar a Igreja Católica, às vésperas do referendo, foi muito danoso à sua imagem; todos sabem que a Igreja venezuelana é golpista, conservadora, mas chamar os bispos na TV de “vagabundos” provoca sentimentos no povo que são complicados. Ele começou a brigar com aqueles que, toda semana, estão no púlpito falando diretamente com seus fiéis.

A não-renovação da RCTV - que embora em mérito Chávez tenha sido corretíssimo ao não permitir a continuação das transmissões pela emissora - foi uma decisão tomada de maneira pouco pedagógica para a população. O presidente tinha a prerrogativa legal para não renovar a concessão, mas não foi feito um grande debate nacional sobre a democratização das comunicações, não foi criado um método para tornar tal fato uma questão de formação política, que informasse à população o que é um monopólio, a razão pela qual não deveria ser renovada a concessão da RCTV e qual a razão pela qual a rede não poderia participar de um golpe de Estado e continuar impune.
Fazer isso por um decreto é incômodo – como explicar para a população que ela não terá mais a sua novela? Além disso, a emissora colocada no ar é de muito baixa qualidade, é uma emissora oficial no pior sentido da palavra.

Essas batalhas foram complicadas. No caso da discussão com o rei da Espanha, Chávez estava certo, então não foi um problema. Porém, a briga com o presidente Álvaro Uribe, da Colômbia, veio em péssima hora; Chávez caiu em uma armadilha. De qualquer maneira, Uribe iria romper o diálogo com as FARCs, e o presidente venezuelano foi até condescendente demais ao levar a questão adiante. Uribe esperou para terminar o diálogo exatamente antes do referendo, procurando desgastar a imagem de Chávez.

Avaliações de colegas venezuelanos também dão conta de problemas internos do governo, de ineficiência de serviços públicos, questões administrativas. O fato é que essa derrota de Chávez não é o fim do mundo, mas sim um alerta. O presidente desfruta de uma popularidade igual a que tinha durante as últimas eleições, de algo em torno de 60%. O que aconteceu foi um desligamento dos setores moderados ou para o “não” ou para a abstenção.

Setores da intelectualidade que estavam com Chávez se abstiveram. Raúl Baduel, que faz parte de um setor chavista presente em várias situações nas quais o presidente precisou de apoio, resolveu puxar o freio de mão. É certo que havia divergências entre os dois, mas Baduel não é um opositor histórico, não é um golpista e não pode ser tratado como um traidor.

Há também um tratamento ruim dado pelo governo em relação ao movimento estudantil. O combate que se fez quando começaram as mobilizações foi falar que os estudantes eram “peões do império”; claro que havia manipulação, que havia estudantes filiados a partidos de direita, mas à massa que estava nas ruas não pode ser dado o mesmo tratamento que é dado aos dirigentes, pois têm um descontentamento difuso.
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Tem mais, AQUI.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Ditadura pode ser democrática?

Chávez é um político autoritário, não há dúvida disso; e tem pretensões expansionistas para seu projeto bolivariano, issio ele mesmo anuncia. Tem pouco apreço pela propriedade privada, e métodos pouco democrátivcos de administração, além de incentivar a ação direta de militantes para imposição de suas idéias. Mas, apesar de tudo isso, tem respeitado certas regras do jogo, é um político de alguma inteligência, com noção do que significa recursos de poder. Tentou, dentro das regras, ampliar o poder que tem. Dançou feio neste fim de semana. Reclamou, com a verborragia que lhe é habitual, e acatou o resultado do referendo, que jogou no lixo a tentativa dele de ter reeleições indefinidamente no país.

Por tudo isso, os promotores da campanha para convencer o país de que a Venezuela vivia sob uma ditadura teriam de rever susas afirmações, e reconhecer que o panorama no país de Chávez é mais complexos do que indicavam as análises histéricas e maniqueístas vendidas na imprensa brasileira.

Muita gente continua Chávez é um ditador _ o único caso na história em que uma ditadura é derrotada e aceita a derrota (ainda que reclamando e fazendo ameaças retóricas). Para mim, essa acusação, depois do que aconteceu no fim de semana, tem um nome: dissonância cognitiva.

Eu estive umas vezes em Caracas, e sempre tive dificuldade de aceitar a acusação de ditadura ao governo de um país onde as livrarias exibem nas vitrinas livros e livros metendo o sarrafo no presidente eleito. E os jornais são vendidos com críticas severas ao governo, a oposição tem voz e voto. Chávez pode ser populaitsa. Pode ter vocação autoritária )_ como boa parte dos governadores do Nordeste brasileiro, não fosse o Brasil um opaís com instituições tão m ais sólidas, e imprensa tão mais crítica e moderada (perto do tipo de jornalismo que se pratica na Venezuela).

Isso deve servir, pelo menos, para que as pessaos se informem mais sobre o que acontece de verdade na Venezuela, já que Chávez entrou serelepe no universo das conversas de boteco.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Chávez, assunto incontornável

Hugo Chávez tem uma característica interessante, de coverter todo brasileiro com acvesso a jornais, blogues ou mesas de boteco em experto analista internacional, com opiniões sólidas sobre a América do Sul, a Venezuela e o Brasil, que, em geral, se resumem à idéia da política externa no continente como uma espécie de jogo de futebol, em que Lula e Chávez disputam a bola, e o venezuelano é um jogador catimbeiro e desleal, enquanto Lula um otário sem noção exata de como atuar na partida.
Como toda metáfora futebolística, essa idéia é torta, rasa e equivocada, mas faz um sucesso danado. Há uma histeria sobre o Chávez, e uma animosidade alimentada por notícias enviesadas que parecem narração de jogo feita por chefe de torcida organizada. Por isso fico quase eufórico quando vejo um texto bem escrito e noticioso sobre o assunto. Um artigo do Lourival Sant'anna, no Estadão de hoje, confirma minha tese de que não é preciso exagerar, nem torcer os fatos, para apontr os defeitos de Chávez. O que ele faz com sobriedade, e, para alívio de quem ainda acredita ser ´possível fazer jornalismo no país, com informação (ninguém é perfeito, falta ao material do Lourival manifestações de chavistas, com pontos de vista contrário; mas que, como eu, já tentou entrevistar pessoas no centralizado governo Chávez, sabe como essa tarefa é, na maioria das vezes, missão praticamente impossível, imagino que particularmente para um repórter do Estadão):


"O especialista em energia Elie Habalián é contundente no seu diagnóstico. “A equação petróleo-poder dá a Hugo Chávez uma projeção que jamais um governante teve na América Latina”, diz Habalián, que assessora o general Raúl Baduel, ex-ministro da Defesa e hoje o principal adversário político de Chávez. “Ela o faz nadar como um peixe na água.”
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Para manter essa máquina em movimento, é vital para o presidente que o preço do barril de petróleo não caia significativamente. Assim, além do cumprimento das cotas da Opep, Chávez tem interesse na manutenção das tensões no Oriente Médio, observam os analistas. Esse seria um dos motivos pelos quais ele se alia ao Irã, do presidente Mahmud Ahmadinejad, adversário dos Estados Unidos na região. A Rússia, outra exportadora de petróleo e gás, cujo presidente Vladimir Putin também tem tido conflitos com os EUA, é outro governante cotejado por Chávez. “Mas nem Putin nem Ahmadinejad querem realmente que o petróleo se mantenha no atual nível, porque sabem que isso pode conduzir o mundo a uma recessão, o que seria o fim deles”, ressalva Habalián. “Chávez não tem limites. É um aventureiro.”

No campo regional, o Brasil, com sua economia relativamente grande e até algum petróleo e gás, e o México, que detém 2% do petróleo do mundo, são os únicos países que podem conter o expansionismo de Chávez, diz Habalián. E parecem estar fazendo precisamente isso. “Sabemos que a confrontação verdadeira e muito silenciosa é entre o Brasil e Chávez”, afirma ele. “O Brasil ergueu um muro contra Chávez”, diz o analista político Alberto Garrido. "

Segue, AQUI.


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E, para chateação dos que consideram toda imprensa parte da midia golpista, a cobertura do Globo, à frentre a insuperável Janaína Figueiredo está muito boa. Nesse link AQUI, do clipping do Itamaraty (já que o Globo fecha asportas para não-assinantes) , as matérias estão mais abaixo. Recomendo a matéria do Galhardo, sobre a Bolívia, também.