segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Quem não bate palmas para Obama


O Desmond Tutu ainda está gritando de alegria nas páginas, incrédulo com a eleição de um "filho do Quênia" para a presidência dos EUA, e já começa a ferver a desconfiança contra Barack Hussein Obama no Oriente Médio. A razão do descontentamento tem nome: Emanuel Rahm, único auxliar escolhido até agora pelo novo presidente, e para um dos mais importantes postos do poder em Washington, o de chefe de gabinete do Presidente.

Especula-se que, com a escolha, Obama atraiu para si o grupo político de Bill e Hillary Clinton, a quem Rahm apóia, e recrutou, assim, um dos políticos democratas mais duros e combativos, que será útil para consolidar a necessária maioria em seu próprio partido, no poderoso Congresso americano.
Só que no pacote veio o Rahm israelense e militante, filho de um ex-membro de grupo sionista autor de atentados contra palestinos. Lobista ativo em favor da paz no Oriente Médio, desde que seguindo os interesses de Israel. Os árabes e palestinos não gostaram nada disso. E a esquerda que comemora a eleição do Obama até no Brasil terá de lidar com essa novidade.

Mais sobre isso, AQUI e, especialmente, AQUI. Em inglês, está ainda mais interessante, AQUI e AQUI.

2 comentários:

Unknown disse...

Sérgio

O Idelber em um comentário a um post recente sobre a situação na Palestina, indica o blog do Prof. Juan Cole, simpático à causa Palestina, e que faz um contraponto às críticas à indicação de Rahm Emanuel.

"I say, give the guy a break." diz o Prof. Cole, e acrescenta: "Emanuel would be in a position to let the Israelis know when they have gotten out of line. Israelis, at least, felt that Henry Kissinger was harder on them than a non-Jewish official would have been."
Lembrando ainda que "...it was a former Irgun member, Menachem Begin, who made peace with Egypt."

[]'s


Eneraldo

Carlos Eduardo disse...

Sérgio, aproveito este post para parabenizá-lo pelo excelente artigo, coisa de quem conhece do assunto e que não se dobra ao policiamento das editorias, a respeito do personagem Marco Aurélio Garcia. ALiás o uso da palavra infantil por Você foi um primor, pois quando vejo os comentáristas na TV é exatamente esse o comportamento deles em relação ao Garcia.