quinta-feira, 12 de junho de 2008

A corrida dos que não foram

Era novembro do ano passado, e a histeria sobre a corrida armamentista detonada pela Venezuela chegava ao nível da epilepsia intelectual, com artigos tremelicantes lançando olhos para todas as direções, menos para os fatos. Eu escrevi AQUI que era uma balela essa história toda. Voltei depois ao assunto, lá no Sítio do Sérgio Leo. E volto agora, só para aproveitar o exemplo e recomendar aos leitores cuidado com a profusão de analistas de análise pronta que anda vicejando nesse campo das relações externas.

É da Venezuela, do El nacional, que vem o relato sobre uma pesquisa de um instituto independente da Suécia, sobre o aumento, real, dos gastos com armas no continente. O estudo despreza a tese de corrida armamentista, e dá outras razões para as compras de equipamento militar, entre elas a que se estabeleceu, após passada a histeria: as Forças Armadas, no continente, estão mal equipadas e cheias de trecos obsoletos. Mas deixa os suecos falarem:

"Las compras parecen haber sido motivadas fundamentalmente por los esfuerzos para reemplazar o modernizar el material, con el objetivo de mantener la capacidad existente, responder a amenazas predominantemente de seguridad interior, fortalecer vínculos con gobiernos proveedores, aumentar la capacidad de la industria nacional armamentista o fortalecer la imagen regional o internacional"

Sim, os suecos falam em espanhol, eu avisei que era matéria do El Nacional, da Venezuela. O resto, AQUI.

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