De surpresa, o presidente recém-eleito do Paraguai nomeou, para o ministério de Relações Exteriores, uma acadêmica, a historiadora e engenheira agrônoma Milda Rivarola. É essa senhora aí ao lado, de imponentes 1,80m, social-democrata, que assume com a tarefa de dar substãncia à briga de Fernando Lugo por mais dinheiro de Itaipu ao Paraguai. Já falou que usará seus talentos de historiadora para se contrapor às teses brasileiras contra mudar as tarifas de Itaipu.
Ela está sob observação da esquerda, que tem desconfianças das credenciais da nova ministra. A pressão sobre ela só contribui para obrigá-la a mostrar que não pretende aliviar nas conversas com o Brasil.
Segundo a prática dos governos de coalizão, ministérios que mexem com dinheiro foram para a mão dos conservadores, como o ministério da Agricultura, que ficou com um membro do centro-direitista Partido Liberal. Um sinal de que Lugo terá no gabinete gente bem situada para brecar arroubos desapropriatórios na reforma agrária que prometeu. Os brasilguaios devem estar mais esperançosos.
Interessantes mesmo foram as palavras da nova ministra, minutos depois de nomeada, para a rádio Primero de Marzo, segundo o Estadão:
"Eu nunca quis fazer parte do aparato estatal. Para os que vêm do mundo acadêmico ou do setor privado, tomar essa decisão é algo difícil. Mas não pude tirar o meu da reta em um momento tão emblemático para o Paraguai"
O grifo aí em cima é meu. Não encontrei a declaração nos sites em espanhol, mas, se o redator do Estadão foi fiel às palavras da ministra, a nova chanceler vem trazendo todo um novo colorido à linguagem diplomática do Cone Sul.
Um comentário:
Pois é, parace que a nova ministra paraguaia das relações exteriores ainda não absorveu as finesses do linguajar diplomaatico, que por sinal vem se deteriorando cada vez mais, gracas a certos presidentes desbocados...
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