sexta-feira, 30 de novembro de 2007
Olhadela para o outro lado do mundo
Esse é o Maurício Santoro, umd e meus resenhistas favoritos, contando do livro do jornalista John Pomfret sobre a China, a partir de estudantes sobreviventes da Revolução Cultural, com quem freqüentou aulas no país, e que subiram à elite chinesa. Pela descrição do Santoro, o livro entra na minha lista de livros necessários. Mais detalhes AQUI.
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
As armas de Chávez

Boa a reportagem de Veja, nesta semana, sobre o que querem os militares brasileiros. e um excelente repórter, o André Petry. Gosto da boa reportagem porque nos permite ver a raelidade para além das opiniões dos editores. Lendo os dados bem apurados do Petry, por exemplo, saí com forte impressão de que todo o discurso dos milicos sobre uma suposta corrida armamentista na Venezuela são lobby para comprar mais armas no Brasil.
Já ouvi, de general de quatro estrelas, que há um detalhe logístico importante e tranquilizador em relação a Chávez e à imaginada ameaça dele contra o Brasil. Em uma hora, um avião-caça na fronteira com o Brasil alcança Caracas, e pode fazer um bom estrago na capital venezuelana antes de ser intrerceptado. Em uma hora, um avião venezuelano que invada o Brasil chjega, no máximo, a Manaus. Onde está o aprque industrial da Zona Franca que, hoje, é um dos principais fornecediores de celulares e equipamentos domésticos à Venezuela.
Mas a matéria da Veja tem coisa bem mais interessante. Dois quadrinhos, feitos para dizer que o Brasil está ficando para trás em matéria de Forças Armadas, poderiam ilustrar de maneira subversiva o material da própria Veja sobre a Venezuela.
Eles mostram que em percentual do PIB gasto em despesas militares, a Venezuela está abaixo até dos brasileiros (que tem PIB muito maior), só acima da Argentina, numa lista de sete países sul-americanos. Derramam uma parcela maior de seu PIB em despesas militares o Equador (3,9%), o Chile (3,5%), a Colômbia (3,3%), a Bolívia (! 2,2%). O Brasil gasta 1,8% e a perigosa Venezuela, 1,7%.
O detalhe é que o PIB da Colômbia é quase o dobro da Venezuela, e os dois nunca se deram muito bem. Mas ninguém fala da corrida armamentista do Uribe, que, é bem verdade, é obrigado a gastar uma fortuna para combater grupos armados ligados ao nrcotráfico. O Chile também tem um PIB maior que o da Venezuela. Ou seja, se alguém está puxando para cima os gastos com armas no continente, esse alguém não é o Chávez, segundo informa a Veja (que, apesar disso, escreve um box alarmado com a corrida armamentista "provocada" pelo venezuelano).
Há outro quadrinho interessante, que classifica os países de acordo com a quantidade e qualidade dos equipamentos militares e o tamanho do contingente militar. Nesse ranking, a Venezuela vem em quarto lugar, um pouco acima da Colômbia e abaixo, bem abaixo, do Brasil, do Peru (!), do Chile e da Argentina. Chile e Peru, segundo o gráfico da Veja, vêm ganhando pontos, aumentando sua clasificação no ranking, enquanto o Brasil perde.
O efetivo militar de que dispõe Chávez é de menos da metade do disponível no Chile, e bem menor que o da Colômbia.
Interessante apuração, a da revista. Aguardo com ansiedade a reportagem de Veja sobre a absurda corrida armamentista provocada no continente pela chilena Michelle Bachelet.
Abrindo a boca contra o Evo

¿Hubo apoyo de Lula, Kirchner, Chávez y Castro a Alvaro García Linera y Evo Morales para llegar al gobierno, como afirma la Revista “Datos”, de La Paz, de agosto de 2007, según declaración atribuida al Vicepresidente de la República? ¿En qué consistió ese apoyo? El tema coincide con el inminente arribo a La Paz del Presidente brasileño, quien anunciará la reanudación de inversiones en Bolivia, a fin de atender las necesidades de gas de su país, de Argentina y del mercado boliviano. La visita servirá para que Petrobrás exija modificar la Ley 3058, de 17-05-05 (anterior al abrogado decreto de nacionalización del 1-05-06), de acuerdo a lo afirmado por su presidente Sergio Gabrieli, lo que haría que se retorne a las reglas petroleras de Gonzalo Sánchez de Lozada (GSL).
De modo simultáneo, Petrobrás (con 65 % de acciones en manos privadas) comunicó el descubrimiento de Campo Tupí, un yacimiento submarino frente a las costas de San Pablo, compartido en un 10 % con la portuguesa Galp Energía, y en un 25 % con la británica BG, con lo que sus reservas se ubicarán entre las primeras del mundo. Ahora me llaman “magnate del petróleo”, dijo Lula, para luego recordar que ya era conocido como el “rey del etanol”. Al mismo tiempo, Brasilia realizará ejercicios militares en su frontera con Bolivia, logrará el retorno de la constructora Queiroz Galvao, expulsada por estafa, en tanto Eike Batista, de la EBX, aseguró que en seis meses inaugurará su siderúrgica de Puerto Quijarro, pese a que fue expulsada por carecer de licencias ambientales.
Gabrieli reveló que reconocerá la participación adicional del 32 % que impuso la nacionalización sólo hasta octubre de 2006. Desde ese momento exigirá la devolución pertinente. Añadió que planteará la reanudación del envío de gas a Cuiabá, donde una enorme termoeléctrica brasileña está paralizada. Las auditorias que dispuso el decreto de nacionalización, que demostraron las estafas, evasiones impositivas y contrabando de Petrobrás, ya fueron archivadas, junto a la mencionada disposición legal.
En tanto Lula llega con todo su poderío, Bolivia está casi aniquilada. En momentos en que sólo una sólida cohesión interna podría contener la prepotencia de Brasil, que logró que Paraguay le deba 19.000 millones de dólares, después de recibir hidroelectricidad durante 30 años desde Itaipú, Evo y Alvaro imponen su visión de Bolivia país multinacional, por la que 36 “naciones” tendrán derecho a soberanía, territorio, autodeterminación y gobierno propio. A su vez, la oposición de derecha defiende las autonomías departamentales a ultranza, al extremo de exigir que cada departamento designe a su propio Canciller, según Alberto Goitia, de Poder Democrático y Social (PODEMOS), del ex Presidente Jorge Quiroga (2001-2002), además, claro está, del manejo autónomo de los recursos naturales.
Bolivia está atomizada por “ayudas” foráneas que su débil estructura no pudo asimilar. El desastre podría comenzar a detenerse si se supiera cuánto dinero de ONG provino del exterior. El MAS, de Evo Morales, podría informar si recibió donativos de Human Right Watch, de la Fundación Samuel Rubin y de Transnacional Institute de Holanda, así como de la vinculación que tuvo George Soros (socio de Apex Silver, en la descomunal explotación de plomo plata en “San Cristóbal”) con el Ministro de la Presidencia Juan Ramón Quintana, y del papel que cumplió su Ministro de Defensa, Walker San Miguel, como representante de Petrobrás.
El jesuita catalán, Xavier Albó, condecorado por acuerdo de PODEMOS y senadores del MAS, ligados a ONG, ha martillado por décadas sobre el tema de las “naciones” indígenas. Su ONG, CIPCA, tiene el respaldo del Vaticano. Otras operan con recursos de USAID, Bélgica, Inglaterra, Francia, España, el Banco Mundial, el BID y la CAF. La Corte Nacional Electoral exigió al MAS devolver financiamientos recibidos del Instituto Neerlandés para la Democracia Multipartidaria (Cartas del 9 y del 19–O8–02). Urge saber el detalle de lo distribuido en el país y el origen precisos de esos los recursos.
Por otra parte, los cheques venezolanos, destinados a alcaldías y militares, tampoco ayudan a fortalecer la autoestima de los bolivianos. En el otro bando, simpatizantes del “separatismo” han formado la Federación de Autonomistas de Sudamérica, fomentada por las petroleras. El Presidente Morales ha denunciado que Transredes (Enron-Shell) conspira contra su gobierno. Curiosamente, Transredes sigue trabajando en el país, tan tranquila como siempre. Advirtió, asimismo, que la ayuda de USAID sólo será bienvenida si es transparentada. ¿Por qué no cumplir esta exigencia con toda la “cooperación” internacional, incluida la de Holanda, sede de la Shell?
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
A ameaça que vem do Norte


Já, na Argentina, a imprensa local mostra a inveja do desenvolvimento brasileiro, assunto que deu o que escrever na blogosfera, como bem comenta o Maurício Santoro, no imperdível Todos os Fogos, AQUI.
Uma amostra do que diz o Santoro, sempre excelente:
"No fim dos anos 1950 o PIB do Brasil era apenas levemente superior ao da Argentina. Hoje, é cerca de quatro vezes maior. O crescimento da economia brasileira foi acelerado e constante, enquanto a Argentina seguiu um ciclo instável de stop-and-go, muito motivado por suas repetidas crises políticas. Afinal, foram 6 golpes militares entre 1930 e 1976, fora diversas insurreições mal-sucedidadas, guerrilhas, a guerra das Malvinas e a quase-guerra com o Chile. Não há prosperidade que resista. Alguns falam do "milagre do sudesenvolvimento argentino" e a maioria trata com nostalgia da era de ouro do início do século XX, quando a renda per capita do país era mais alta do que a da Espanha ou a da Itália. O célebre economista sueco Gunnar Myrdal chegou a dizer que só existiam quatro tipos de países: desenvolvidos, em desenvolvimento, Japão e Argentina."
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
O vai e vem de Evo

Apóio. Desde que tb haja uma moratória na produção de coca. Afinal, tb concorre com a produção de alimentos. E ainda alimenta a produção da Coca Cola, símbolo do imperialismo, e o crime organizado em todo mundo."
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Ainda Chávez, o futuro invasor da Guiana

Morte na Bolívia
Sempre que viajo, fico impressionado, como o renato, com as particulridades das culturas locais, desconhecidas por aqui, e com algumas matérias excelentes no noticário dos países que visito.
Sempre penso em reproduzir algo no blogue e sempre as complicações da volta atrapalham esses planos. Decidi, assim, proxenetar os blogues dos amigos, que fazem isso com mais competência. Em breve trarei links aqui para outros craques da blogosfera, como o capitão do Tordesilhas.
Chavez, o vilão da vez
A presidente do CNE, Tibisay Lucena, disse que a campanha institucional feita pelo conselho para informar o eleitor sobre o referendo torna os debates “irrelevantes e superados.” “As campanhas que realizamos são suficientes”, insistiu. A decisão foi comemorada por governistas e deixou enfurecidos representantes do “não”, que vinham tendo um bom desempenho nos programas.
Notícia interessante, segundo me conta o correspondente deste blogue em Caracas. Interesante porque não houve proibição, mas inviabilidade dos debates, porque os defensores do sim se recusaram a participar (pode-se discutir a decisão do Conselho de impedir que as tvs promovessem programas com uma cadeira vazia, como se fez em alguns programas eleitorais no Brasil, mas isso é coisa diferente).
Mais interessante ainda, porém, é o jornal não explicar como a oposição vinha ganhando os debates, se, até agora, não aconteceu debate nenhum.
Chávez é autoritário, centralizador e intervencionista; não precisa que distorçam o noticiário para dar conta do papel que vem exercendo no continente _ e que, apesar da histeria reinante, até agora se limita a seu quintal venezuelano. Mas tem gente no Brasil que não se convenceu disso.
A campanha anti-Chávez não tem similar contra atos autoritários de outros governantes latino-americanos, nem comparação com a maneira como tratam ditadores de fato de outras regiões do globo (ou do estado, para ficar not rocadilho). O tales faria defende a tese de que a razão é a tentativa de fazer campanha subliminar contra o amigo brasileiro do mandatário de Caracas, ele, Luiz Inácio Lula da Silva. Já que não podem acusá-lo dos pecados de Chávez, reverberam cada movimento do venezuelano, para, implícitamente, acusar Lula de querer imitá-lo.
Com a precária autoridade de que já escreveu poucas e boas contra ações do Chávez, eu, às vezes tendo a achar que o Tales tem razão.