quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Rápidos apontamentos sobre a Cúpula do Mercosul

O Mercosul assina, finalmente, o primeiro acordo de livre comércio com país de for ado bloco, Israel. É uma medida importante, porque mostrou que é possível acomodar as demandas dos sócios menores por tratamento diferenciado, e acertar uma lista comum de ofertas e pedidos. O impacto econômico é e será muito epqueno, segundo acreditam os industriais brasileiros, que, porém, fizeram pressão pelo acordo devido à influente comunidademepresarial de origem judaica. Não há chances de realizar um acordo com os países árabes, que deveria acompanhar este com Israel. A indústria petroquímcia brasileira resiste violentamente, por temor dos planos dos países do Golfo no setor. O próximo é o acordo com a UE, que é unma incógnita.

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Chávez, à parte as diatribes de sempre contra os EUA, mostrou-se manso, manso. Evitou até dar suas tradicionais entrevistas de porta de prédio entre cotoveladas da imprensa. E nem mencionou os ultimatos que havia ado para a aprovação de sua adesão ao bloco, pelo contrário: fez loas ao Mercosul. O fato, que traduz também o humor do venezuelano depois da derrota de referendo à reforma constitucional e do escândalo da valise de dinheiro para a campanha de Cristina Kirchner, não teve o destaque na imprensa que costmam ter as atitudes de Chávez. Por que, hein?

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A denúncia do departamento de Justiça dos EUA, de que a mala levada por um empresário venezuelano a Buenos Aires era dinheiro de campanha para cristina Kirchner foi a pior notícia possível para os planos do Brasil no Mercosul. Põs Cristina, que planejava iniciar uma arremetida internacional, na defensiva, e, pior, amarrou-a a Chávez, contra um inimigo comum. Cristina, que estava se afastando do venezuelano, agora precisa andar muito perto dele, para encontrar uma saída do escãndalo que ameaça, no limite, até o próprio mandato.

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Continua o impasse do Mercosul em matéria de avanço na integração. Jogaram para o segundo semestre de 2008 a decisão mais importante em discussão no plano técnico, que é o fim da dupla cobrança da tarifa externa comum. No caminho contrário, prorrogaram-se até 2015 exceções no Paraguai para a tarifa externa comum, preservando distorções nõ que deveria ser uma política tarifária única. A imprensa noticiou mal a história, vamos ver o que houve.

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Lula fez mais um de seus discursos pouco ortodoxos em matéria de política externa. Dizer que as questões políticas devem sobrepôr-se à racionalidade emrpresarial, e que a Petrobras só fez acordo com a PDVSA e com a Bolívia porque ele mandou não é algo que vá fazer muito bem á imagem da emrpesa, com ações listadas em bolsas internacionais. Essas declarações ainda vão ser cobradas do governo. O Correio Braziiense de hoje fala em "voluntarismo", e a palavra foi dita por um acadêmico simpático à política externa e ao PT, Amado cervo, da UnB. O Estadão ainda não conmentou em editorial, mas duvido que perca a chance.

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Os países do Mercosul manifestaram apoio a Evo Morales, o que dá cacife aos governos para cobrar moderação do boliviano, na grave crise política do país. Mas, na Bolívia, nada é previsível, nem a imprevisibilidade. Isso fica para uma próxima postagem.

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O Uruguai deu pouca força ao próprio factóide, o tal desejo de acordo de livre comércio com os EUA. Troço cada vez mais ridículo, principalmente depois que umadas principais forças de apoio ao governo condenou veementemente, em Congresso, a idéia.

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A presidente da Argentina mostrou jogo de cintura, ao tratar muito bem o presidente do uruguai, aliás um gentleman que soube reagir com fleugma britânica ao discurso malcriado com que ela o saudou durante a posse. O Mercosul parece ter dois chefes de Estado capazes de tentar uma saída da crise em que se meteram.

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Notas rápidas, com pedido de desculpas aos leitores. Em breve, dou links para os temas tratados, e desenvolvo alguns. Fim de ano é fogo.

Um comentário:

Maurício Santoro disse...

Maravilha de análise, Sergio.

Cristina K se meteu em maus lençóis com mala de dinheiro. Deve estar morrendo de inveja dos problemas semelhantes do Lula, tipo cuecas de dinheiro.

Espero que ela consiga ao menos destravar a crise com o Uruguai, todo um exemplo do que não deveria ocorrer entre dois países do Mercosul...

Abraços